terça-feira, maio 27

O trem de doido

Esse blog mudou de endereço. Viajou, pegou um trem:

http://www.otremdedoido.blogspot.com

terça-feira, maio 13

O jogo do bicho

Eu: Nossa, mas deu pouco dinheiro demais na loteria esportiva.

O Curioso: Antes, com 13 pontos a pessoa ficava rica.

Curioso para Expert em Loteria Esportiva: Por que a Loteria esportiva caiu tanto, cê que é um expert nisso?

Expert em Loteria Esportiva: Futebol brasileiro tá acabado.

O Curioso: Mas é que tem muitos outros jogos hoje, antes era só loteria, esportiva e federal.

Eu: e jogo do bicho...

O Curioso para Expert em Loteria Esportiva: Ainda existe jogo do bicho?

Expert em Loteria Esportiva: Cê sabe que foi totalmente proibido, né? Mas existe. É igual maconha, num pode, mas dá pra descobrir onde tem, sempre tem uns cantinhos aí, sabe?

Eu (decreto): Ah, num tem jeito de acabar com jogo do bicho, não.

Expert em Loteria Esportiva: Ó, jogo do bicho, prostituição e droga nesse país... num acaba nunca.

O Curioso para Expert em Loteria Esportiva: Qual cê acha dos três que tem mais chance de ser legalizado?

Expert em Loteria Esportiva: Pra mim, maconha e jogo do bicho podia ser legalizado, desde que eles dessem dinheiro pra instituição de caridade.

Eu: humm, acho que eles vão preferir do jeito que tá, hein...

Expert em Loteria Esportiva: Olha, falar um negócio procê... Eu vi isso, a companhia de água e esgoto entrou com um processo contra a Sociedade São Vicente de Paula...

Eu: Ah, não, é? Falta de pagamento?

Expert em Loteria Esportiva: Sabe quanto que é? Dois mil reais.

Eu: E eles cortaram a água deles?

Expert em Loteria Esportiva: Isso eu num sei... mas ó, velho nesse país é o mais maltratado do mundo.

Eu: E nem jogo do bicho eles podem jogar... num tem dinheiro, é ilegal...

Expert em Loteria Esportiva: Não, nem isso podem, não.

sexta-feira, maio 9

Underwater love

Ex-vizinha: Oi!

Minha mãe: E aí, tá boa?

Ex-vizinha: Eu tô aqui mostrando pra ele onde eu morava antes...

Minha mãe: ah...

Ex-vizinha (apresentando):Olha, essa era a minha melhor amiga aqui.

Minha mãe (pro cara): Oi, como que vai?

Ex-vizinha:Então, ele é o namorado que arrumei... bonitão né?

Minha mãe: rarara, ah é... um peixão.

quinta-feira, maio 8

Do tempo que a vó andava de calcinha

Eu: Pode digitar a senha?

Cara da lanchonete: Não, não...

Eu: !?

Cara da lanchonete: Esse é do tempo que minha vó andava de calcinha.

Eu: Ah, é? Num digita...

Cara da lanchonete: ...é do tempo que minha vó andava de calcinha... até cartão com o chip cê tem que passar assim (gesticulando)...

Eu: Tem que assinar então?

Cara da lanchonete: Tô te falando, é do tempo que minha vó andava de calcinha.

Eu: Cara, e sua vó anda de que hoje?

Cara da lanchonete: Hoje nem anda mais, ela morreu... brigado, boa noite procê.

quarta-feira, abril 16

Oração x Casseta e Planeta

O infiel: E aí?

Eu: Tranqüilo?

O infiel: Tranqüilo o que? Eu tô puto!

Eu: Uai, que que foi?

O infiel: Tem uma igreja do lado da minha casa, não tô aguentando mais.

Eu: Ih, eu também sofro isso.

O infiel: Rapaz, eu mandei uma carta pro pastor reclamando. Ele me respondeu dizendo que era pra eu ter me mudado de lá há muito tempo.

Eu: Que isso! Mas que horas é o negócio lá?

O infiel: Ah, começa lá pelas 8. E vai até tardão. Ontem num pude ver o Casseta e Planeta. O barulho é dentro de casa.

Eu: Lá em casa a igreja é grande, tem banda e vai até meia-noite. Eu escuto até os fiéis, o povo respondendo o pastor: êêêêêêêê, aleluiaaaa!

O infiel: Às vezes eles saem da igreja e sobem um morro que tem ali. Ficam lá gritando. Aí é bom, ams depis eles voltam e começa tudo.

O infiel (em tom de ameaça): Olha, mas eu disse pra o pastor ir lá em casa hoje ás 8 horas. Nós vamo resolver isso.

Eu: É mesmo?

O infiel (desafiador): Me disseram que ele era traficante. Quero ver se era mesmo.

Eu (tentando racionalizar, depois rola uma merda e eu me sentiria mal): Liga pra postura, não?

O infiel: Não adianta. O 161 não funciona. Rapaz, ontem eu liguei até pro secretário de meio-ambiente. Ele tava em Buenos Aires... Ainda liguei pro celular, vou ter de pagar a conta ainda.

Eu (sem ter o que falar): Vixe.

O infiel (saiu rogando): É hoje...

terça-feira, abril 15

Vespasiano e os pulmões de cimento

Eu: Aí, mas me diz por que alguns dizem que o Atlético mineiro é aquele 'timinho lá de Vespasiano'?

Ex-morador de Vespasiano e atleticano: Uai, cê num sabia não? É que a sede do time fica lá em Vespasiano.

Eu: Ah é, né? Então fica mesmo? Mas a cidade colou em BH, né?

Ex-morador de Vespasiano e atleticano: Não, pregou tudo. É dentro.

Eu: Tá certo.

Ex-morador de Vespasiano e atleticano: Rapaz, aquela cidade tem um problema lá com mortes, mortes de gente mais jovem. Tudo morrendo.

Eu: Uai, é violência, é?

Ex-morador de Vespasiano e atleticano: Não, é um problema de cimento no ar. Lá tem muita indústria de cimento e o povo tá morrendo do nada! Do pulmão.

Eu: Que isso!

Ex-morador de Vespasiano e atleticano: Há um tempo eu tava lá na casa de uns amigos. Uma mulher muito valorosa, uma fortaleza de pessoa, sãm... aí eu tava tomando cerveja e um bife acebolado lá que eles gostam, no palito e ela me dizia sobre essa negócio do cimento. Depois de uns meses me liga a irmã dela e diz: cê tá sentado? se num tiver senta. A Maria morreu. Morreu de câncer no pulmão.

Eu: Que isso, rapaz. Ou, mas isso dá uma indenização fudida.

Ex-morador de Vespasiano e atleticano: É num sei né... Ela também fumava demais, sãm?

Eu: Ah, aí meu amigo, é vela e caixão. Ganha nada não.

Ex-morador de Vespasiano e atleticano: é...

sábado, abril 5

O bilhete não-premiado

Apostador - Aí rapaz, é hoje viu. Tô sentindo uma vibração. Acho que vou ganhar.

Apostador 2 - Quer que eu jogue pra você?

Apostador - Beleza, cê joga! Toma o dinheiro e a cartela.

Apostador 2 - É isso aí, tem de apostar. Senão não ganha.


No outro dia, o apostador chega ao trabalho e vê um bilhete em cima do computador.

"Caro, em virtude de ter dado um ganhador da cidade, tirei a liberdade de conferir os seus jogos. Avisei o pessoal para não ser mal interpretado. Infelizmente sua sorte em loterias foi adiada. Do amigo".

Mais tarde, os dois se encontram no trabalho.

Apostador 2 - Cê viu lá, né?

Apostador - Pois é rapaz, viu o tanto que esse meu bilhete é ruim?

Apostador 2 - Não, num fala isso não. Ó, eu fiz isso porque fiquei sabendo que o ganhador era daqui e vi seu bilhete aí sozinho. Eu já vi muita coisa nesse mundo, rapaz. Depois chega aí um mal intencionado, um fariseu desses da vida, e aí acabou. Pega o seu bilhete premiado e num tem mais jeito.

Apostador - Mas me conta aqui. E se eu tivesse ganhado?

Apostador 2 - Aí eu dava um jeito de te localizar, né!

Apostador - Então, quer dizer que dá próxima vez, se tocar meu telefone de noite e eu ver que é você, posso vibrar?

Apostador 2 - risos... é. Ó, mas eu acho que cê tinha de jogar na Timemania também. É convidativo, viu.

sexta-feira, abril 4

O credo

Cabeleireira - Menina, você nem acredita. Dia desses andava na rua e um velho de bengala começou a me chamar.

Cliente - Como?

Cabeleireira - Ele tava virado pra parede, encostado. Me chamava e fazia um gesto pra eu chegar até lá.

Cliente - e aí?

Cabeleireira - Eu não queria ir. Mas ele parecia passar mal.

Cliente - Coitado.

Cabeleireira - Eu resolvi chegar perto dele. Ele tossia muito. Cheguei mais perto. Ele tossia mais e mais... Eu disse: o senhor tá passando mal, quer que eu chame o Samu?

Cliente - e aí?

Cabeleireira - Aí ele virou pra mim e disse: é que eu tenho tuberculose.

Cliente - credo!

Cabeleireira - Eu falei que tava com pressa e saí correndo. Dois dias depois tava em Brasília e fez mais frio sabe? Comecei a gripar, menina. Agora, imagina uma pessoa rezar o dia inteiro pra não ter pêgo a doença do velho!

domingo, outubro 8

Vila Meia do Judas

Eu - e o sr. não tem pra onde ir não?

Carroceiro (mora em uma casa a beira de uma erosão, quase caindo dentro de um rio) - Tem não. Tem não.

Do nada, ele tinha uns roupantes agressivos. O cara tava bebado.

Carroceiro - Se eu morrer, cair dentro desse rio ninguém vai nem vai ficar sabendo... Ninguém faz nada. Cês vieram aí ano passado, né? Continuo aqui. Aqui (meio balbuciando)... Cês não fazem nada (ataca)!

Eu - beleza, beleza.

Eu (falando pro fotógrafo) - Cara, então vamos fazer uma fotos aí do barranco, né.

O carroceiro sai pra lá. O filho dele de uns 10 anos e um amiguinho ficam compondo a foto, servindo de referência pra mostrar a profundidade do buraco. De repente, o cara volta puxando a carroça.

Carroceiro - ou, ou! ó, vamo fazer uma foto assim. Eles fica aqui, eu puxo o animal bem pra ponta e você fica aqui (apontando pra mim) ó.

Eu - ô, amigo, eu não posso tirar a foto não. Trabalho no jornal, pega mal.

Carroceiro - Ah! E eu posso né?!

Eu com sorriso amarelo - rara (pensando: ih, fudeu).


Vende-se um voto - parte 2

Eu - E aí Tânia, votou ontem?

Diarista - Ah, não. Fui não...

Eu - Uai, como assim?!

Diarista - Eu não consegui vender meu voto, não, moço! Cê acha que eu vou lá?

Eu - Mas não vendeu, não? E o candidato que tava querendo comprar?

Diarista - Pois é, sábado ele até fez um churrasco lá pro pessoal do bairro. Meu filho foi, achou bão. Daí no dia da eleição prenderam o cara que tava com o dinheiro que ia pra gente.

Eu - E aí cês rodaram?

Diarista - É. Meu filho chegou lá e e disse: mãe, acabaram de prender o cara com o dinheiro.

Eu - Aí cê nem quis ir votar?

Diarista - Eu, pra quê? Essa era a hora pra eu ganhar alguma coisa desses político. Eu vou muito sair de casa pra ir votar sem ganhar nada.

Eu - rarara

Diarista - Meu filho ainda votou no cara que deu o churrasco, ficou com dó. Falou: "nó, mãe, coitado, ele até esforçou".

Eu - Mas cê num ficou com dó não.

Diarista - Ah, menino, sem receber o dinheiro eu fiquei foi apaixonada. Sofriiii.

sexta-feira, setembro 22

A revelação

Mulher ao telefone: Você é o repórter que fez a matéria sobre dor crônica?

Repórter: Isso.

Mulher ao telefone: É que eu queria falar com aquela mulher que você entrevistou. Aquela que sofre de enxaquecas.

Repórter: Ah é, e por que?

Mulher ao telefone: Eu sei o que ela vive. Também tive o problema. Eu queria dividir com ela a experiência e contar como me livrei disso.

Repórter: E como a senhora se livrou disso?

Mulher ao telefone: Eu tive uma revelação divina. Deus me disse qual era a causa da doença!

Repórter: É mesmo?

Mulher ao telefone: É a maldição do café!

Repórter: AHN!??

quarta-feira, setembro 20

Na fila da lotérica

A baixinha: Ahhhh, aquela mulher ali não tem 60 anos não! Idoso que eu saiba é a partir dos 60 anos.

Mulher que olhava por sobre os óculos: Nossa, mas não dá pra considerar 60 anos velho. 60 anos não é mais velho. Hoje é difícil saber, as pessoas andam tão conservadas.

Neste instante, um senhor careca e com fios grisalhos nos poucos que restavam, abruptamente, entra na frente da baixinha e rouba-lhe a vez. Ele usa o caixa que não é preferencial aos idosos.

Sujeito com cara de 60 ou mais: Queria fazer esses jogos...

(depois de cinco minutos)

Como se ainda tivesse todo o tempo da vida, o sujeito com cara de 60 ou mais: É...tem mais essas contas lá do Mato Grosso pra pagar, pode ser?

segunda-feira, setembro 18

Vende-se um voto (ou dois)

Eu - E aí Tânia, e a política?

Diarista - Hoje eu tenho um compromisso. Vou juntar os título dos meus fí pra levar na reunião.

Eu - Pra que?!

Diarista - Amanhã vou lá numa reunião no bairro com um político que vai comprar nossos voto.

Eu - rarara. peraí, e ele paga antes da eleição?

Diarista - Claro, senão eu não voto nele. Ih, vou levar o título dos meus fí pra vender o deles também.

Eu - rarara

Diarista - Da última vez eu vendi pra dois políticos. Mas em um deles num votei não.

Eu - E ele perdeu?

Diarista - ô se perdeu.

Eu - E eles pagam quanto?

Diarista - Na última eleição eu vendi por 20 reais. Mas já tô achando pouco, né?

domingo, junho 11

666, the number of the beast

Eu - Alô, boa tarde... queria checar uma informação com vocês. É que um jornal informou que em São Paulo algumas mães estão desmarcando os partos de amanhã. Queria saber se aqui a coisa tá assim também.

Antendente de uma maternidade - Por que?

Eu - Ahn... bem, é que amanhã é dia 6 do 6 de 2006. Meia, meia, meia, sabe? O número da besta? E acho que algumas mães não querem ter o filho nascido nesse dia, né?

Antendente de uma maternidade - rindo... ai , meu Deus, credo. Olha aqui ninguém, pelo menos até agora cancelou nenhum parto não.

Eu - Tá jóia. Obrigado.

Depois de ligar em várias maternidades, e nenhuma afirmar que alguma mãe cancelou o parto. Tento mais uma. Olho o número e quase caio da cadeira: 3225-9666.

Eu - Olha, queria checar uma informação. Um jornal de SP informou que lá algumas mães estão desmarcando os partos de amanhã.

Atendente - Mas por que?

Eu - Por causa da data. Amanhã é dia 6, do 6, do 2006. 666, sabe?

Atendente - Ah! Mas é uma data tão bonita!

Eu - ... (engulo seco)

Atendente - Não, não. Olha, aqui pelo contrário, já nem temos mais vagas para amanhã.

Eu - ...

Atendente - Tudo certo? Só isso?

Eu - obrigado...


segunda-feira, maio 29

Zumbis ao invés de cães de guarda

Amigo: Olha, tem uma matéria (MITO) de Goiânia que eu queria demais que virasse matéria. Você podia fazer!

Eu: qual??

Amigo: O mito do Carro de Pamonha que vende maconha

Eu: cara, é essa porra que passa gritando........pamoooooooonhaaaaaaaaaa?

Amigo: É. Foi só alguém ter a idéia de vender pamonha depois das 5 hs da tarde e acabou, virou traficante!

Eu: É, rolava fazer uma matéria sobre os mitos goianienses. Qual tem mais, você lembra?

Amigo: O do Pai do Mato

Eu: Pai do mato?????????

Amigo: É um monstro que ataca quem mata qualquer bicho. Ele fica no meio do mato e se esconde entre as árvores.

Eu: ah nao...essa aí, cê ta inventando agora

Amigo: Mas o povo crê em coisas fodas!

Amigo:O dono do bar que meu pai frequenta, tava falando que os motoqueiros que apitam de madrugada eram Zumbis que gemiam fino. Daí você imagina a criatividade e burrice do cara!

Eu: cara, cê ta bricando comigo? Ele falou sério?

Amigo: Sim

Eu: E os zumbis que uivam fino vem no final do mês receber pelo trabalho de vigia?

Amigo (rindo): Vai ver ele não paga!

Eu: Poxa, que cidade...zumbis ao invés de cães de guarda.