sexta-feira, abril 4

O credo

Cabeleireira - Menina, você nem acredita. Dia desses andava na rua e um velho de bengala começou a me chamar.

Cliente - Como?

Cabeleireira - Ele tava virado pra parede, encostado. Me chamava e fazia um gesto pra eu chegar até lá.

Cliente - e aí?

Cabeleireira - Eu não queria ir. Mas ele parecia passar mal.

Cliente - Coitado.

Cabeleireira - Eu resolvi chegar perto dele. Ele tossia muito. Cheguei mais perto. Ele tossia mais e mais... Eu disse: o senhor tá passando mal, quer que eu chame o Samu?

Cliente - e aí?

Cabeleireira - Aí ele virou pra mim e disse: é que eu tenho tuberculose.

Cliente - credo!

Cabeleireira - Eu falei que tava com pressa e saí correndo. Dois dias depois tava em Brasília e fez mais frio sabe? Comecei a gripar, menina. Agora, imagina uma pessoa rezar o dia inteiro pra não ter pêgo a doença do velho!

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